quarta-feira, 26 de março de 2014

Awen

As brumas se abrem novamente... ouço o cântico dos pássaros nas florestas como outrora;
As Dríades saúdam a chegada de mais um novo ciclo.
As estrelas emitem uma luz singular e contínua...
Os pássaros gorjeiam a sinfonia de novos tempos...
Os Deuses em conclave oculto tomam nova decisão;
tecem novas veredas para a andarilha noturna.A nudez não mais,
Nem a vergonha do abandono.
Lágrimas não mais....
Não importam as cicatrizes das batalhas, mas a honra de se ter lutado, mesmo que sangrando.
Esse é o espírito grandioso e invencível, a Alma de Tudo.Está acima de todas as verdades.
É a inspiração dos bardos, os passos do guerreiro aprendiz,
a iluminação que toca com suavidade e doçura
a mão das parteiras na concepção sagrada entre vilarejos.
Conduz a palavra do Sacerdote e a sentença do Juiz.
O orgulho de pertencer à uma tribo de honra e valor,
que subsiste aos ataques dos inimigos com ousadia e sabedoria,
entre as brumas dos portais que só uns poucos têm resguardado acesso.
A certeza de que em cada aurora, o orvalho molha nossos campos, trazendo frescor e renovação às nossas terras.
E em cada roda, a colheita é farta e próspera, graças às bênçãos de nossos Deuses.


Assim, hoje e sempre, mais uma vez entre outras vezes, está o selo que nos certifica de quem somos e o que trazemos em nosso sangue, em nossa memória... em nossas almas imortais.

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